sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Ah Saudade


(algumas lembranças póstumas
em forma de meros sonetos)

I

Yolanda, lindíssima Yolanda.
Podem se passar anos e anos,
E você sempre será a mais bela,
A mais amada, a mais lembrada.

Teus olhos, negros como a noite,
Sempre tão cheios de carinho e amor.
Como, querida (vovó) Yolanda,
Eu pude viver tanto tempo sem ti?

Quero acreditar que não era o momento.
Que Deus nos reservava um futuro,
Que brilhou mais que qualquer outro.

Em teus braços chorei, sofri.
Em teu colo sorri, vivi.
 E hoje só me restam lembranças...

II

Conceda-me essa dança, querida?
Somente mais uma valsa,
Para relembrar os anos dourados.
Ah, a velha nostalgia bate à porta.

Cada dia é mais uma batalha vencida.
Os anos me fazem esquecer seu rosto,
Mas eu jamais esquecerei teu amor,
Teus sorrisos e teu nobre coração.

Queria ter você ao meu lado,
Vendo o quanto cresço e amadureço.
Estou me tornando uma mulher, sabia?

Mas já não podemos compartilhar disso.
Já não tenho seus abraços, seus afagos.
De lembranças vou vivendo, amada Yolanda. 

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