(algumas lembranças póstumas
em forma de meros sonetos)
I
Yolanda, lindíssima
Yolanda.
Podem se passar
anos e anos,
E você sempre será
a mais bela,
A mais amada, a
mais lembrada.
Teus olhos, negros
como a noite,
Sempre tão cheios
de carinho e amor.
Como, querida
(vovó) Yolanda,
Eu pude viver tanto
tempo sem ti?
Quero acreditar que
não era o momento.
Que Deus nos
reservava um futuro,
Que brilhou mais
que qualquer outro.
Em teus braços
chorei, sofri.
Em teu colo sorri,
vivi.
E hoje só me restam lembranças...
II
Conceda-me essa
dança, querida?
Somente mais uma
valsa,
Para relembrar os
anos dourados.
Ah, a velha
nostalgia bate à porta.
Cada dia é mais uma
batalha vencida.
Os anos me fazem
esquecer seu rosto,
Mas eu jamais
esquecerei teu amor,
Teus sorrisos e teu
nobre coração.
Queria ter você ao meu
lado,
Vendo o quanto
cresço e amadureço.
Estou me tornando
uma mulher, sabia?
Mas já não podemos
compartilhar disso.
Já não tenho seus
abraços, seus afagos.
De lembranças vou
vivendo, amada Yolanda.
Ai ):
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